Por Amarante ser fundada por indivíduos oriundos de outros municípios das vizinhanças e até mesmo de outros estados, a população aculturada ainda conserva a hierarquia tradicional. Essa mistura de costumes se faz presente na vida cotidiana do amarantino.
Levantar as questões quanto à cultura é conscientizar de sua importância para as gerações futuras. Nossa cultura é miscigenada, temos influência indígena, portuguesa é muito pouca e africana, ainda conservamos alguns traços e hábitos. No campo da arte recebemos essas influências, sendo prevalecente o “folclore”, o que é uma das formas que temos de entrar em contato com as ideias e costumes antigos. O folclore retrata os antigos hábitos das gerações anteriores, e mostra a importância de conservação da forma de vida dos nossos antepassados, isto é, as lendas, os hábitos, as sanções e tudo aquilo que fazia da cultura popular e que resistiu às mudanças que aconteceram ao longo da história.
Dentro das manifestações folclóricas podemos citar:
__ As Festas juninas, o Lindô, Divino Espírito Santo, Santos Reis, a Burrinha, Festa de São Gonçalo;
Das festas mais populares temos ainda:
__ Vaquejada, Carnaval de Rua, , Festejos Religiosos;
Das festas indígenas podemos citar:
__ Festa do Mel, Moqueado, Corrida da Tora.
Nosso artesanato é muito rico, o artesão produz utensílios domésticos, potes, vasos, cestos, balaios, redes, objetos de cerâmica, objetos de madeira, couro, enfeites, armas, bordados, pintura em tecido, machadinhas, arcos e flecha... Artes plásticas, pintura (em tela), entalhamento fino em madeira, as quais fizeram sucesso na exposição em Imperatriz, no Palácio do Comercio, Industria e Artes.
Os poetas da terra, fazem poesias com a alma retratando aquilo que se tem de melhor no ser humano: Ana Lúcia Lopes Barros, Teobaldo Inácio de Oliveira, o saudoso José Orlando Barros, Benedito Batista Pereira e Edimilson Franco da Silva, são alguns deles. Falar de cultura e não expô-la, não teria sentido. A paródia abaixo de José Orlando Barros retrata os costumes que o nosso povo ainda conserva.
COSTUMES
Vejo a cultura aqui bem de perto
E os costumes do erro e do certo
Onde a mania é satisfação,
Mulheres lavam roupa lá na fonte
Quebra jejum é da janta de ontem
Sebo e pequi transformado em sabão
É fácil ver rodas de fuxico
Pinga no copo ou cigarro no bico
Prazeroso é alguém saber
De fofocas lá das outras casas
Pedir benção dos mais idosos
E não entrar sem bater palmas
Compadre me arrume
Um tiquinho de farinha
Minha mulher não tá lá na cozinha
Com a professora ela foi conversar
Tem que rezar sempre
Depois que comer
Sentar na porta e língua bater
Limpar cabelos usando só as mãos.
(Paródia/ José Orlando Barros)